
Cabeça de criança enrolada em papel-filme
A flor que nos faz recomeçar, não é a mesma flor que resta no fim. É a última flor que brota de mim e que germina no seu olhar. Seu olhar sempre mirando jardins.
Há em mim a semente do que me gerou. Há em mim amor em pétalas carmim e um verde de esperança sem torpor e sem fim.
Sem a flor que nunca jaz, não há mais, falta verdade. Verdade que nos faz, verdade que vos trago. A verdade de que falo. Não é verdade minha, nem sua. Nem mentira é tampouco. Mas é a verdade de nós mesmos que se esconde bem aqui, bem no fundo, despetalando-se aqui dentro. No simples instinto do Ser, de ser. Sermos todos, muitos, juntos, jardins. Os jardins que miraram um dia, os teus olhos, hoje olhos vazios, sem cor, olhos vis.
Que reabram as janelas da tua alma e que plantes enfim a última flor que trago em mim e que ofereço à você. Que ela floresça, dia à dia, e que colhamos juntos, no fim da primavera, o prazer do amor nascido do prazer de ouvir, ver, tocar, beber, comer, cheirar você, que é o outro. O outro que sou eu. Você, eu e o todo!
Ele se foi
O filme não parou
Há um breu
Há imagens sem cor
Hoje o dia é nublado
As roupas bicolor
O tempo não tem fim
A vida continuou
Na máquina fica a imagem
Morna
A imagem que imita gente
Gente, tão gente
Que molha os olhos
Traz torpor
O menino e o sorriso
A tristeza carregou
Foi pra longe
Para bem longe
Só a poesia ficou
E do sonho não terminado
Uma estrada,
Palco onde caminhou,
traz-me um Menino Grande
Sorriso de palhaço
Cantarolando histórias
De um livro que não se fechouMeu amor por ti transborda
É como o mar
Me chama, balança, faz descansar
Meu recuo
Meu porto seguro
Meu navegar
Teu amor é o meu guia
Meu farol
Uma ilha
Mar sem fundo
Amor sem fim
Incondicional
Explodindo
Dói
Arde a alma
Sinto calor
Um aperto, uma onda, uma saudade
Este amor
Em você sou livre
Sem você sou nada
Água triste
Prateada
Peixe frito
Na calçada
Sem você sou nada
Cabeça em ti vidrada
Vida assim marejada
Amo te amar
Amo te mar
Espero te aqui
Eterno em mim
Sim
À velejar
Eu você
Toda a paz
Areia e mar
Escrito em 07/01/08 (Agora chega né? A sessão declaração acaba aqui...rs)
Em 15/10/07
Esta leveza, esta tranquilidade, esta felicidade, esta música, este ar, este bate-forte do coração, estes planos, este sonho, este brilho nos olhos, esta saudade, este carinho, este tesão, este pensamento constante e este amor que não tem tamanho.
Tudo isso e muito mais é teu!
Escrito em 02/10/07 (E eu ainda disse que não tinha muitos poemas inspirados em você, hein?!)