sábado, 25 de julho de 2009

Poema para mãe, amigos, amores e afins (Estendendo-se a animais e a qualquer ser que respire e brilhe)


A cidade é São Paulo

O dia, Domingo

A tarde chuvosa

E eu pensativo

Penso nas pessoas de que necessito

Nas pessoas por quem ainda nutro a arcaica dependência do amor

Pois sou um poeta antiquado

Desses que ainda precisa de pessoas para viver

Ou sobreviver

Sei que é estranho confessar assim

Mas ainda não desaprendi o relacionar

Por mais que tente, vez ou outra

É difícil para meu coração não se apaixonar

Por um, por outros, por todos e tantos outros

Ao mesmo tempo

Serei eu um ser humano em extinção,

Distante da ciência de robotização dos sentimentos,

Esta que é grande avanço de nossa era?

Sou um alguém que chega a sangrar

Só de me pensar só, sem amar.

Sei que amar é depender

E digo a todos que isso já aprendi

Só falta praticar, desapegar

Ficar ficando

Estar estando

Fingir sorrisos

E chorar sozinho...

Sozinho?!

Ai, isso eu não consigo

É muita evolução, perdão!

Assim eu confesso

...

Ainda preciso do outro. Alguém?!



Escrito em SP no dia 11/12/05, às 13:30h

Um comentário:

Deixe seu grito após o bip!