
A cidade é São Paulo
O dia, Domingo
A tarde chuvosa
E eu pensativo
Penso nas pessoas de que necessito
Nas pessoas por quem ainda nutro a arcaica dependência do amor
Pois sou um poeta antiquado
Desses que ainda precisa de pessoas para viver
Ou sobreviver
Sei que é estranho confessar assim
Mas ainda não desaprendi o relacionar
Por mais que tente, vez ou outra
É difícil para meu coração não se apaixonar
Por um, por outros, por todos e tantos outros
Ao mesmo tempo
Serei eu um ser humano em extinção,
Distante da ciência de robotização dos sentimentos,
Esta que é grande avanço de nossa era?
Sou um alguém que chega a sangrar
Só de me pensar só, sem amar.
Sei que amar é depender
E digo a todos que isso já aprendi
Só falta praticar, desapegar
Ficar ficando
Estar estando
Fingir sorrisos
E chorar sozinho...
Sozinho?!
Ai, isso eu não consigo
É muita evolução, perdão!
Assim eu confesso
...
Ainda preciso do outro. Alguém?!
Escrito em SP no dia 11/12/05, às 13:30h
Alô?
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