segunda-feira, 3 de agosto de 2009

F I M



Aonde foi que teve início o nosso fim?

E cadê aquela força do amor que nós juramos eternizar?

Quando foi que decidimos não mais tentar lutar?

Ainda há pouco estava à procurar todos aqueles projetos que arquitetamos juntos

E ao que me parece, eles foram lançados como cinzas ao ar.

Tentei vislumbrá-los,

Mas uma chuva de paraquedas tapou-me a visão

E minha referência de horizonte passou a ser fragmentada.

Aquele sentimento em mar, que nos fazia flutuar

Escoou de meus olhos como cascatas

E na garganta sobrou um nó

Fruto da seca que ficou.

Agora os mundos estão enfim separados.

E entre nós a dor equivalente a grande distância que nos separa.

O nós, virou sós.

E as canções de amor são agora brados de lamento

As gavetas, caixas e memórias guardam o que restou do sonho

E o mundo, antes uma pista de alçar vôos

Agora é corredor da morte

E se com a morte vem a renovação.

O que nos espera após o enterro de nossos corações?

O amanhã?


Escrito em 21/09/06

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