segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Decepção


Tuas palavras, tão amargas, me lançaram neste vácuo profundo, sem rumo, um infinito, escuro, buraco negro obscuro.
Neste vazio, escondido, sozinho, aqui bem dentro, bem fundo, de tudo que há enfim
Me perco em meio ao eco das palavras mal ditas e das minhas não ditas, tentando em vão me encontrar, te entender, superar.
Estou chocado, dormente, prostrado, com o chão desmanchado e nas paredes cupim.
O olhar aberto está fechado, calado e agora o foco é aqui, bem para dentro de mim.
Minha cabeça, labirinto de idéias, corredores bem longos, parece dizer assim:
É sem controle!
Pois teu falar mal criado, cuspido, malvado, está aqui entalado, feito azia hostil.
Meu grito máximo, de tão impressionado, se calou no palato, ficou estrangulado, desistiu, não saiu.
No coração, esse bicho do mato, soa decepcionado um pulsar imbecil.
E de tanto ranso, vem um sono profano, a pressão declinando, me fazendo inútil.
Sendo assim, meu corpo vai desmaiando, endurecendo e esquecendo o mundo inteiro,
E fim.

Escrito em 18/05/07

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