segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sobre crianças e poetas


Bem ali, no pequenino espaço existente entre a criança e o ser adulto é que se encontra a interrogação deste poema.

Ali, no vão de todos os questionamentos, no limiar de todas as ilusões.

Para aonde foi o menino que corria despreocupado?

Cadê aquela menina e sua casa de bonecas?

O que foi que fizeram com essa gente que cresceu?

O tempo vem furioso, em resposta, contra todas essas perguntas.

As carrega para bem longe.

Ele as afoga em um mar de inúteis informações

E aí já não se sabe mais se a culpa é do tempo ou da falta dele.

Todos correm para um lugar sem fim.

Todos lutam por um ideal chinfrin.

Olhando aquele pequenino espaço existente entre a criança e o ser adulto, penso se não seria ali o começo de tudo.

Um começo que ligasse os dois extremos deste poema, como uma corda bamba.

Sobre ela estaria o poeta e no poeta a sua criança.

Porém desta vez não reprimida.

E sim, viva!

Como a resguardar a maturidade atingida pela vida e a brincar apenas com os sonhos de uma existência mais colorida.


Escrito em 28/07/06

2 comentários:

  1. tá lindo o seu blogue e eu adoro o jeito que vc escreve! que bom poder te ler mais... beijos!

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  2. Lindo!!!Está perfeito,principalmente sua foto c/ essa menina.Adorei....Bjkssssss

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