
Bem ali, no pequenino espaço existente entre a criança e o ser adulto é que se encontra a interrogação deste poema.
Ali, no vão de todos os questionamentos, no limiar de todas as ilusões.
Para aonde foi o menino que corria despreocupado?
Cadê aquela menina e sua casa de bonecas?
O que foi que fizeram com essa gente que cresceu?
O tempo vem furioso, em resposta, contra todas essas perguntas.
As carrega para bem longe.
Ele as afoga em um mar de inúteis informações
E aí já não se sabe mais se a culpa é do tempo ou da falta dele.
Todos correm para um lugar sem fim.
Todos lutam por um ideal chinfrin.
Olhando aquele pequenino espaço existente entre a criança e o ser adulto, penso se não seria ali o começo de tudo.
Um começo que ligasse os dois extremos deste poema, como uma corda bamba.
Sobre ela estaria o poeta e no poeta a sua criança.
Porém desta vez não reprimida.
E sim, viva!
Como a resguardar a maturidade atingida pela vida e a brincar apenas com os sonhos de uma existência mais colorida.
Escrito em 28/07/06
tá lindo o seu blogue e eu adoro o jeito que vc escreve! que bom poder te ler mais... beijos!
ResponderExcluirLindo!!!Está perfeito,principalmente sua foto c/ essa menina.Adorei....Bjkssssss
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