segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Poema para Jorge que não é da Capadócia
Você que é a pausa. Você ponto e vírgula da minha história. A nota dissonante que desarmoniza minha vida. Você que nem sabe de mim, você que de mim ganha meia palavra. Nada contra você, de quem nem sei o que dizer. Você, interrupção abrupta da minha melodia. Você aparência que remete no meu eu. Você causa antiga. Você retomada de causa. Esconderijo de palavras é tua caminhada. Você que não me passa. Que me deixa em profunda desgraça e dança seu samba sem graça. Você cara maquiada. Você corpinho infantil. Você fotos espalhadas, você memória inventada. Você que torna tudo fútil. Você simples band-aid para coração imbecil.
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