sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobre implorar amor (Ou sobre auto-fragilidade)

Revelar amor me dói. Não quando é convencional, não quando é essencial. Mas quando é em público, quando é para o público, quando é profundo. Porque amor que é fundo fragiliza. Porque amor que é fundo minimiza o garanhão que se criou até agora. Porque amar tão fundo é tão bobo e inútil, que ninguém liga. Eu não ligava.
Revelar amor dói. E eu disfarço, teorizo, desmistifico, rotulo. Tudo para não me entregar. Tudo para ninguém me pegar no pulo da solidão profunda que me assusta. Não quero que me vejam dependente de um amor tão puro, não quero minha autonomia e auto-estima diminuídas em um segundo.
E porque sei ser mesquinho isto tudo, jogo aqui as palavras de um noturno, que gasta falas de liberdade e depois as deita, sem sono, na insônia deste amor que me faz sentir pequeno, exposto, inseguro e burro.
Madrugada de 08/12/11

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