quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não amar não me faz bem

Por que é que você não vai. Não se esvai de vez. Sem deixar nem mesmo um cheiro. Nem um rastro de aconchego. Por que é que você não vem. Não me retém. Não me contém. Sem você, mais ninguém. Com você, boa noite, sonhe bem. Sonhar é dormir. Dormir é sofrer. É pensar em você. É transpirar você. E você não vem. Você, esse alguém que não mais me quer bem. Você desdém. Volta, esse revolta, me traz de volta, me leva como convém. É você quem me faz bem. Você que foi, não volta. Você que vai, não vem. Espera, te espero, venha ser meu eterno bem. Amor que cresce, não apodrece, mesmo sem você. Amor meu e de mais ninguém. Volta! Vai, mas volta. Salvemos o amor que a esta memória faz refém. Deixa já deste vai e vem. Vem, vem, vem... vê... vem... me vê... lembra um pouco... reacende a chama... vem que eu te espero... vem... venha... vem... venha... venha logo, meu bem... sem você, sou ninguém... eu te amo, meu bem... eu te amo, meu bem... e sem você eu sou ninguém...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Processo - Pça. Roosevelt - AURORA

Uma roda gigante, luzes acesas de parque de diversão, um amarelo La Chapelle, uma amarelo cabelo de barbie, um amarelo que acende a escuridão, a luz do fim da noite, a dona da lanterna, a luz do foco no palco que ilumina tosca canção. Um objeto que gira, uma saia comprida, pregas na saia, roda-pião. Um glamour de cor estourada, amarelo, amarelão. Diva trash, diva luxo, Candy Darling da prostituição. Marilyn, Alcione, Simone, Rorô, Xuxa, Elizete, Andréa Sorvetão!
Referências de um mundo inexplorado, conjunto de imagens, recortes de sensação. Um início, um ponto de partida, uma Aurora que desponta para mim, aos poucos, no fim/começo de nossa ainda dramatúrgica escuridão!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mantra pela retidão

Um dia, uma aperto sufocado de lembranças descontextualizadas. E o estar parece incerto. E o sentir parece disperso. Como se bastasse um dia para desregular o fundo mar. Ai das águas antes calmaria. Ai das horas longas das noites lindas de luar. A neblina trouxe um cheiro amargo de saudade. O peito ferido resiste enfim a liberdade. Temer sentir é prevenir ou impedir o novo que já vem? No mais, espera um segundo, olha à frente, segue o mundo, apaga as imagens, desata os nós, sacode a cabeça e não fique a sós. Voltar a processar a vida em minutos. Vida antes interrompida por um muro e agora colorida de tons inseguros. Tropeça, cai, respira e corre atrás! Tropeça, cai, respira e corre atrás! Tropeça, cai, respira e corre atrás!